Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 359-366, 2021.
Pesquisas Agrárias e Ambientais
DOI: https://doi.org/10.31413/nativa.v9i4.10945 ISSN: 2318-7670
Desempenho de cultivares de tomate italiano de crescimento determinado
em cultivo protegido sob altas temperaturas
Daiane Andréia TRENTO1*, Darley Tiago ANTUNES1, Flávio FERNANDES JÚNIOR2,
Márcio Roggia ZANUZO3, Rivanildo DALLACORT4, Santino SEABRA JÚNIOR1
1Universidade do Estado de Mato Grosso, Nova Mutum, MT, Brasil.
2Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Sinop, MT, Brasil.
3niversidade Federal de Mato Grosso, Sinop, MT, Brasil.
4Universidade do Estado de Mato Grosso, Tangará da Serra, MT, Brasil.
*E-mail: daiatrento@gmail.com
(Orcid: 0000-0002-9573-7931; 0000-0002-3295-5165; 0000-0001-8239-6894; 0000-0002-2957-2198;
0000-0002-7634-8973; 0000-0002-4986-7778)
Recebido em 11/08/2020; Aceito em 31/08/2021; Publicado em 24/09/2021.
RESUMO: O objetivo desse trabalho foi avaliar a produção, a qualidade e tempo de prateleira de cultivares de
tomate tipo italiano de crescimento determinado, produzidos sob ambiente protegido em condições de altas
temperaturas. O cultivo foi realizado em Nova Mutum MT, foram avaliados cinco cultivares: Fascínio (Feltrin
sementes), Hy Color (Horticeres), Santa Adélia (TopSeed), SM-16 (Seminis) e Supera F1 (TopSeed), dispostos
em blocos casualizados, com quatro repetições. As plantas foram conduzidas em “meia estaca” e não foram
podadas. Os parâmetros avaliados foram relativos a produção, a qualidade dos frutos, tempo de prateleira e
qualidade no pós-colheita. A cultivar Fascínio apresentou produtividade de 186,1 t ha-1, maior massa média de
frutos (144,3g), maior calibre de fruto, (60,7mm), e menor perda de massa no pós-colheita (6,23%). Os
melhores resultados de sólidos solúveis totais dos frutos que completaram a maturação na planta foram obtidos
das cultivares Santa Adélia (4,3), Fascínio (4,27) e Hy Color (4,21), e dos frutos colhidos no estádio verde-
maduro obteve destaque a cultivar Santa Adélia (5,85), e os frutos que ficaram em temperatura ambiente
obtiveram maior média de sólidos solúveis totais (5,55).
Palavras-chave: termotolerância; Lycopersicum esculentum Mill; produtividade; pós colheita; ambiente protegido.
The performance of determinate growth italian tomato cultivars in protected
cropping under high temperatures
ABSTRACT: This study aimed to evaluate the production, quality and shelf time of determinate growth Italian
tomato cultivars from a protected environment under high temperature conditions. The cultivation was
conducted in Nova Mutum, state of Mato Grosso, Brazil. Five cultivars were evaluated: ‘Fascínio’ (Feltrin
Sementes), ‘Hy Color’ (Horticeres), ‘Santa Adélia’ (TopSeed), ‘SM-16’ (Seminis) and ‘Supera F1’ (TopSeed),
disposed in randomized blocks with four repetitions. The plants were managed into the “meia estaca” tutoring
method and were not pruned. The parameters evaluated were related to the production, quality of fruits, shelf
time and postharvest quality. The ‘Fascínio’ cultivar presented productivity of 186.1 t ha-1, the largest average
fruit weight (144.3 g), the largest fruit gauge (60.7 mm) and the smallest postharvest weight loss (6.23%). The
total soluble solids best results of fruits that have matured in the plant were obtained from the ‘Santa Adélia’
(4.3), ‘Fascínio’ (4.27) e ‘Hy Color’ (4.21) cultivars. Among the fruits harvested at the mature-green stage, the
‘Santa Adélia’ (5.85) cultivar stood out. The fruits that stayed at room temperature obtained the largest total
soluble solids average (5.55).
Keywords: thermotolerance; Lycopersicum esculentum Mill; productivity; postharvest; protected environment.
1. INTRODUÇÃO
O tomate (Solanum lycopersicum Mill.), é uma das hortaliças
mais cultivadas e consumidas no mundo, apresentando
elevada importância econômica, sendo responsável pela
geração de empregos nos setores de produção e por grande
parte do mercado de sementes de hortaliças (ANUÁRIO
ABRASEM, 2016). O Brasil ocupa o nono lugar na produção
mundial de tomate, com destaque aos estados de Goiás, São
Paulo e Minas Gerais (FAOSTAT, 2018). No estado do Mato
Grosso a produção de tomate em 2016 ocupou uma área de
236 hectares, produzindo um total de 5.890 toneladas
(AGRIANUAL, 2016), insuficiente para atender a demanda
interna.
Altas temperaturas e pluviosidade, comuns em regiões
tropicais, são fatores que comprometem a produtividade de
culturas como o tomate (LI et al., 2013), sendo necessário a
utilização de tecnologias como o cultivo em ambiente
protegido e a identificação de cultivares termotolerantes.
O ambiente protegido para cultivo do tomateiro age
como barreira física contra o ataque de insetos-praga e
protege as plantas da precipitação (BAZGAOU et al., 2018)
Desempenho de cultivares de tomate italiano de crescimento determinado em cultivo protegido sob altas temperaturas
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 359-366, 2021.
360
e ainda proporciona ganhos na produção de 4 a 15% quando
comparado ao campo aberto (MARTINS, 1992).
Por isso a técnica vem sendo incentivada visando
melhorar a qualidade dos frutos e aumento da produtividade
na entressafra, diminuindo a sazonalidade da oferta e
diminuição do uso de agrotóxicos (BAZGAOU et al., 2018).
O tomate de hábito de crescimento determinado
destaca-se pela rusticidade e dispensa tratos culturais como
podas, raleio de frutos e tutoramento. Por apresentar essas
características, resulta no menor aporte de mão de obra,
torna-se atrativo também ao produtor que visa o mercado de
mesa “in natura”, desde que atenda as características de
qualidade de fruto desejadas (ALVARENGA, 2013).
Considerando as particularidades da cultura do tomateiro
torna-se necessária uma comparação entre diferentes
cultivares dentro das mesmas condições edafoclimáticas,
buscando adaptabilidade, alta produção, tipo de fruto
adequado ao consumo “in natura”, com boa qualidade e
aparência externa, com reduzidos tratos culturais, além de
resistência ao transporte e tempo de prateleira.
As frutas e hortaliças contém um elevado teor de umidade
e suas atividades metabólicas não cessam após a colheita,
tornando-as assim altamente perecíveis, e as condições
climáticas em regiões tropicais favorecem a rápida
deterioração após a colheita. Uma alternativa para aumentar
o tempo de prateleira de frutos frescos é a utilização de
ambientes refrigerados. A refrigeração baseia-se na inibição
total ou parcial, dos principais agentes: ação química,
enzimática e o crescimento microbiano, responsáveis pela
deterioração dos alimentos. É considerado um método
temporário de conservação, geralmente dias ou semanas,
porque as atividades dos agentes não são inibidas, apenas
desaceleradas (VASCONCELOS; FILHO, 2016), mas deve-
se atentar para a temperatura empregada, pois podem causar
alterações na maturação, aspecto visual e coloração
(STEFFENS, 2007).
Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a
produção, a qualidade e tempo de prateleira de cultivares de
tomate tipo italiano de crescimento determinado, produzidos
sob ambiente protegido em condições de altas temperaturas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado na área experimental do
Campus Universitário de Nova Mutum - UNEMAT, que está
localizado na latitude sul 13º 05’ 04” e longitude oeste 56º 05’
16”. O solo é Latossolo Vermelho Amarelo distrófico. O
clima é do tipo Aw (Koppen), tropical, com chuvas
concentradas no verão (outubro a abril). A precipitação
média anual é de 1900 mm e a temperatura média é de 26°C
(NOGUEIRA et al., 2010).
As mudas foram produzidas no viveiro da área
experimental de horticultura da UMEMAT, sob ambiente
protegido coberto com filme transparente de polietileno de
baixa densidade, em bandejas de poliestireno expandido,
modelo 128/6 (formato de pirâmide invertida), utilizando
para preenchimento o substrato comercial Vivato®. O
transplantio foi realizado 28 dias após a semeadura.
O cultivo do tomateiro foi realizado em ambiente
protegido é do tipo arco coberto com filme agrícola de 150
micras e direto de 3 m, com dimensão de 7x21 m. As
laterais foram fechadas com tela de sombreamento 50% de
cor preta. O delineamento experimental utilizado foi o de
blocos casualizados, com quatro repetições, sendo cada
parcela composta por 7,14 m2 e 16 plantas por parcela,
considerando a parcela útil às seis plantas centrais.
Os tratamentos consistiram em cinco cultivares de
tomate de hábito determinado, sendo: Fascínio (Feltrin
sementes), Hy Color (Horticeres), Santa Adélia (TopSeed),
SM-16 (Seminis) e Supera F1 (TopSeed). O tutoramento
utilizado foi do tipo meia estaca”, onde foram fixadas
estacas de 1,4m de altura a cada 2 metros, e foram passados
fitilhos dispostos horizontalmente a cada 30 centímetros de
altura, de forma a abraçarem as plantas, mantendo-as eretas
e o espaçamento foi de 0,5m entre plantas e 0,8 m entre
linhas, com irrigação do tipo gotejamento na base de cada
planta. (Figuras 3 e 4). A fertilidade do solo foi corrigida com
base na análise química do solo segundo recomendação de
Alvarenga (2013) e Silva et al. (2007), sendo aplicado 681,8
Kg ha-1 de uréia (44% N), distribuídos em 10% no plantio e
os restante em coberturas fracionadas, 10 % entre os 40 e 55
DAS, 20% entre os 70 e 85 dias DAS, 15% entre os 100 e
115 DAS, 5.550 Kg ha-1 de superfosfato simples (18% P2O5)
distribuído em 70% no plantio e 30% em cobertura aos 40
DAS, e 1.034,4 Kg ha-1 de cloreto de potássio (58% K2O),
distribuído em 10% no plantio, e em cobertura foi aplicado
15% aos 40 e 55 DAS, 20% aos 70 e 85 DAS, 15% aos 100
DAS e 5% aos 115 DAS.
Os dados de temperatura foram monitorados diariamente
às 13 horas, utilizando termômetro digital marca HighMed,
instalado a 1,1m do chão, na parte central da casa de
vegetação.
Para os parâmetros de produção, os frutos foram
colhidos no estágio de maturação vermelho maduro, onde
mais de 90% da superfície do fruto se encontra na coloração
vermelho-intensa. Foram avaliados todos os frutos colhidos
durante o ciclo das plantas úteis, sendo avaliados a produção
total (T ha-1), número de frutos por planta (unidade) e massa
de fruto (g), calibre, grupo de acordo com o formato do fruto,
espessura do pericarpo (mm) e sólidos solúveis totais Brix).
O calibre do tomate é determinado pelo diâmetro
equatorial do fruto, sendo assim separado em 8 classes: 0 para
diâmetro menor que 40 mm; 40 para diâmetro maior ou igual
que 40 mm até 50 mm; 50 para diâmetro igual ou maior que
50 mm até 60 mm; 60 para diâmetro igual ou maior que 60
mm até 70 mm; 70 para diâmetro igual ou maior que 70 mm
até 80 mm; 80 para diâmetro maior ou igual a 80 mm até 90
mm; 90 para diâmetro maior ou igual a 90 mm até 100 mm;
100 para diâmetro maior que 100 mm (CEAGESP, 2006).
Para a mensuração do teor de lidos solúveis totais
(SST), em °Brix foi cortado ¼ dos frutos colhidos em cada
planta e processado com a utilização do mixer, visando a
homogeneização da amostra. Posteriormente, o suco era
peneirado em filtro de papel qualitativo, com gramatura de
80g/m2, e porosidade de três micras. Com este era realizada
a leitura do SST em refratômetro manual digital modelo
ITREFD 65, com compensação automática de temperatura.
Para o teste de prateleira, foram selecionados 20 frutos de
cada cultivar, colhidos no estágio de maturação verde-
maduro, no qual o fruto está maduro fisiologicamente,
mais ainda apresenta coloração totalmente verde,
selecionados homogeneamente, selecionados quanto à
uniformidade de tamanho e coloração e sem defeitos
aparentes. Os frutos foram dispostos em dois ambientes
(prateleira em temperatura ambiente e geladeira), com três
repetições.
No laboratório, os frutos foram higienizados e secos,
posteriormente divididos nos dois ambientes, sendo que no
Trento et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 359-366, 2021.
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primeiro os frutos foram dispostos sobre uma bancada de
mármore, em temperatura ambiente, em uma sala de 72 m2,
com temperatura média de 27,2° C e umidade relativa de
70%, e outra parte dos frutos foram colocados em
refrigerador Eletrolux, modelo DF 42, com capacidade de
382 litros, com temperatura dia de 6,7° C e umidade
relativa de 10 %. Em ambos os ambientes os frutos foram
distribuídos sem qualquer embalagem.
Foi registrada a perda de massa por semana, durante
cinco semanas, onde a perda de massa foi analisada pela
relação da diferença entre a massa inicial e o final e
apresentada como porcentagem da massa inicial, a qual foi
realizada periodicamente, em intervalos de sete dias,
iniciando-se no dia da colheita e finalizando após 28 dias de
armazenamento à temperatura ambiente.
O acompanhamento do grau de maturação foi realizado
de acordo com a classificação de subgrupo (Brasil,1995),
onde foram atribuídas notas de 1 a 5 em função do estágio
de maturação, sendo:
1 - verde maduro: quando se evidencia o início de
amarelecimento na região apical do fruto;
2 - pintado (de vez): quando as cores amarelo, rosa ou
vermelho encontram-se entre 10 (dez) e 30 (trinta) por
cento da superfície do fruto;
3 - rosado: quando 30% a 60% do fruto encontra-se
vermelho;
4 - vermelho: quando o fruto apresenta entre 60 e 90%
da sua superfície vermelha;
5 -vermelho maduro: quando mais de 90% da superfície
do fruto encontra-se vermelha intensa.
Para análise de qualidade, foi realizada a mensuração de
sólidos solúveis totais Brix) em amostras no momento da
colheita, e repetida no 28° dia após armazenamento.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância
e as médias comparadas no teste de Scott-knott (P < 0,05),
utilizando o programa (software) Assistat Versão 7.7 Beta
(PT) (SILVA; AZEVEDO, 2002).
3. RESULTADOS
No período do experimento, a dia máxima de
temperatura ficou em 35,7°C, e das mínimas 20,0°C, e a
média geral 27,4°C, sendo que as médias das máximas e das
mínimas registradas entre o início da floração e o início da
colheita foi de 33,3°C e 19,2° C, respectivamente. Houve
grande variação entre as temperaturas noturnas e diurnas,
ocasionando uma amplitude térmica diária com média de
variação de 15,7°C.
A cultivar Fascínio apresentou maior produtividade
(Tabela 1), resultado esse bastante superior às demais
cultivares, sendo que essas não apresentaram diferença
quanto a produção. Com relação ao número médio de frutos
por planta, pode-se dividir as cultivares em três grupos, sendo
a cultivar Hy Color a que obteve a maior quantidade de fruto,
a ‘Fascínio’ que obteve um desempenho intermediário, e as
cultivares SM-16, Supera F1 e Santa Adélia que apresentaram
menor número de frutos.
A cultivar Fascínio se destacou com maior calibre de
fruto, sendo considerada classe 60, seguida das cultivares SM-
16, Santa Adélia e Supera F1, as quais não diferiram
estatisticamente entre si e consideradas dentro da classe 50, e
com menor diâmetro encontrado ficou a cultivar Hy Color
de classe 40.
A cultivar Fascínio apresentou maior massa unitária de
frutos, seguida pelas cultivares SM-16 e Supera F, e a ‘Hy
Color’ apresentou a menor massa. Com relação ao
comprimento do tomate (Tabela 2), se destacaram as
cultivares Fascínio, SM-16 e Supera F1, seguida da cultivar
Santa Adélia, e com menor comprimento ficou a Hy Color.
Tabela 1. Médias de produtividade (t ha-1), massa de frutos (g) e
quantidade de frutos por planta (unidade) entre cultivares de tomate
de hábito determinado, produzidos em ambiente protegido.
Tabela 1. Yield averages (t ha-1), number of fruits per plant (unit)
and unit weight of fruits (g) among determined tomato habit
cultivars, produced in a protected environment
Cultivares Prod. (t ha-1)
Frutos por
planta
(unidade)
Massa
unitária de
frutos (g)
Fascínio
186,1 a
52,1 b
144,3 a
-
16
139,2 b
45,4 c
115,1 b
Supera F1
120,4 b
44,5 c
111,1 b
Santa Adélia
107,7 b
46,2 c
93,5 c
Hy Color
125,1 b
72,4 a
69,1 d
CV (%)
10,5
5,7
9,2
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste
de Scott-knott a 5% de probabilidade.
Means followed by the same letter in the column do not differ significantly
by Scott-knott with p < (0,05).
Tabela 2. Médias de comprimento do fruto - CF (mm), diâmetro do
fruto - DF (mm), relação diâmetro comprimento do fruto - Relação
C/D e espessura do pericarpo - EP (mm) entre cultivares de tomate
de hábito determinado, produzidos em ambiente protegido.
Tabela 2. Means of fruit shape - CF (mm), fruit diameter - DF (mm),
ratio - C/D, pericarp thickness EP (mm) among determined
tomato habit cultivars, produced in a protected environment.
Cultivares
CF
(mm)
DF
(mm)
Relação
C/D
EP
(mm)
Fascínio
70,4 a
60,7 a
1,16 b
10,4 a
-
16
68,3 a
55,3 b
1,23 a
10,1 a
Supera F1
68,2 a
53,8 b
1,26 a
9,6 a
Sta Adélia
65,0 b
51,8 b
1,25 a
9,4 a
Hy Color
55,9 c
48,3 c
1,16 b
7,2 b
CV (%)
3,50
3,73
1,6
9,29
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste
de Scott-knott a 5% de probabilidade.
Means followed by the same letter in the column do not differ significantly
by Scott-knott with p < (0,05).
Avaliando a espessura do pericarpo (Tabela 2), não houve
diferença entre as cultivares Fascínio, SM-16, Santa Adélia e
Supera F1, as quais obtiveram médias entre 10,4 mm e 9,4
mm, e a cultivar Hy color obteve menor espessura da parede.
No pós-colheita, a cultivar Fascínio obteve as menores
médias de perda de massa, e entre ambientes, a geladeira
propiciou menores médias após os 28 dias do experimento
(Tabela 3).
Quanto à maturação dos frutos colhidos no ponto verde-
madura, os tomates dispostos na geladeira não alcançaram o
ponto de maturação vermelho maduro após os 28 dias da
colheita, obtendo nota 3 (rosado), e os frutos mantidos em
temperatura ambiente completaram a maturação vermelho
maduro (Tabela 4).
Em relação aos sólidos solúveis totais dos frutos no
estádio verde maduro, as cultivares Fascínio, SM-16, Santa
Adélia, e Hy Color não se diferiram estatisticamente, e a
cultivar Supera F1 obteve a menor média (Tabela 5). Os
maiores teores de sólidos solúveis totais dos frutos que
completaram sua maturação na planta foram obtidos nas
cultivares Santa Adélia, Fascínio e Hy Color. As cultivares
Desempenho de cultivares de tomate italiano de crescimento determinado em cultivo protegido sob altas temperaturas
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 359-366, 2021.
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SM-16 e Supera F1 compuseram o grupo de menor teor de
sólidos solúveis totais.
Tabela 3. Percentual de perda de massa no pós-colheita de tomates
colhidos no ponto verde maduro, dispostos em dois ambientes com
diferentes temperaturas.
Tabela 3. Postharvest weight loss of tomatoes (%) harvested at the
ripe green index, in two environments with different temperatures.
7 Dias
14 Dias
21 Dias
28 Dias
Cultivares
Fascínio
3,20 a
5,17 a
6,23 a
7,32 a
SM
-
16
5,62 b
9,27 b
11,46 b
12,53 b
Sta Adélia
5,23 b
8,9
0
b
11,68 b
13,70 b
Supera F1
5,69 b
9,16 b
11,90 b
13,47 b
Hy Color
4,93 b
8,90 b
11,92 b
14,28 b
Ambientes
Geladeira
4,56 a
7,80 a
9,98 a
11,32 a
T° Amb.
5,31 b
8,77 b
11,30 a
13,19 b
CV (%)
18,75
18,07
17,20
16,94
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste
de Scott-knott a 5% de probabilidade.
Means followed by the same letter in the column do not differ significantly
by Scott-knott with p < (0,05).
Tabela 4. Classificação do grau de maturação do tomate colhido no
ponto I (verde-maduro) dispostos em temperatura ambiente e
geladeira, durante quatro semanas de pós-colheita.
Tabela 4. Classification of ripening tomatoes index harvested at
point I (ripe-green) stored at room temperature and in the cooling
room, during four post-harvest weeks.
7 Dias
14 Dias
21 Dias
28 Dias
Cultivares
Fascínio
1,83 a
3,16 a
4,00 a
4,16 a
SM
-
16
1,50 a
2,50 b
3,50 b
4,00 a
Sta Adélia
1,16 a
1,83 c
3,33 b
3,83 a
Supera F1
1,50 a
2,33 b
4,00 a
4,00 a
Hy Color
1,83 a
2,50 b
4,00 a
4,16 a
Ambientes
Geladeira
1,40 a
2,06 b
2,73 b
3,06 b
T° Amb.
1,73 a
2,86 a
4,80 a
5,00 a
CV (%)
30,83
14,80
9,69
7,84
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste
de Scott-knott a 5% de probabilidade.
Means followed by the same letter in the column do not differ significantly
by Scott-knott with p < (0,05).
Tabela 5. Sólidos solúveis totais (SST, em graus Brix) de frutos
colhidos no ponto verde maduro, frutos amadurecidos na planta e
dos frutos colhidos verdes e amadurecidos fora da planta, em
temperatura ambiente e geladeira.
Tabela 5. Total soluble solids Brix) of tomato fruits harvested at
ripe green index, fruits ripened in the vine and of fruits harvested
green and ripened outside the plant, at room temperature and in
cooling room.
Frutos
verdes
Frutos maduros
na planta
Frutos maduros
fora da planta
Cultivares
Fascínio
2,90 a
4,27 a
5,35 c
SM
-
16
3,03 a
3,64 b
5,50 b
Sta Adélia
3,00 a
4,30 a
5,85 a
Supera F1
2,53 b
3,59 b
5,13 d
Hy Color
3,03 a
4,21 a
5,5 b
Ambientes
T°. Amb.
-
-
5,55 a
Geladeira
-
-
5,38 b
CV (%)
3,45
7,2
1,98
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste
de Scott-knott a 5% de probabilidade.
Means followed by the same letter in the column do not differ significantly
by Scott-knott with p < (0,05).
Os frutos que foram colhidos no estádio verde-maduro e
completaram a maturação fora da planta, Santa Adélia
destacou-se com as maiores médias, depois as cultivares SM-
16 e Hy Color, as quais não se diferiram estatisticamente,
seguida da Fascínio, e com menores médias ficou a cultivar
Supera F1. Com relação aos ambientes, os frutos que
amadureceram em temperatura ambiente obtiveram
melhores médias de sólidos solúveis totais.
4. DISCUSSÃO
As altas temperaturas registradas no período podem ser
consideradas como fator limitante, pois médias acima de
27,5°C podem reduzir em até 40% a frutificação (HAREL et
al., 2014). As temperaturas ideais para a produção de tomate
são de 18°C a 24 °C para a floração 14°C a 24°C para o
pegamento de fruto e 20°C a 24°C no período da maturação,
acima disso pode ocasionar abortamento de flores e frutos,
ou coloração de frutos manchado ou com coloração
amarelada (Alvarenga, 2013), e durante esse trabalho o
foram registrados abortamentos ou maturação irregular,
resultado esse que demonstra potencial para produção das
cultivares avaliadas em condições do experimento.
Observando os resultados da amplitude térmica diária,
percebe-se uma grande variação entre as temperaturas
diurnas e noturnas, onde a média de variação foi de 15,7°C.
Variações de temperaturas entre 6 a 7°C entre o dia e a noite
são consideradas positivas, onde as temperaturas ideais para
a cultura estão entre 15 a 20°C durante a noite e 21 a 28°C
durante o dia (FILGUEIRA, 2008).
A cultivar Fascínio apresentou maior produtividade
(Tabela 1), obtendo uma produção 74,8 % acima das demais
cultivares e valores superiores aos encontrados por Schwarz
et al. (2013), em experimento em campo aberto comparando
cultivares de tomate de hábito determinado, que obteve
média de produção total para a cultivar fascínio, de 39,6 e
55,1 t ha-1, para primeiro e segundo ano de experimento.
Todas as cultivares avaliadas obtiveram resultados
superiores à dia nacional, que foi de 70 t ha-1 no ano de
2015 e superiores também aos encontrados por Resende;
Costa (2000), que avaliando 10 cultivares de tomate de hábito
determinado, obteve médias de produção entre 70,86 a 96,68
t ha-1. Os resultados de produção obtidos nesse estudo foram
superiores à produtividade dia de Mato Grosso (24,96 t
ha-1) e nacional (54,5 t ha-1) (AGRIANUAL, 2016).
Não foi realizado desbaste dos frutos, a qual é uma prática
bastante usual em produção de tomates visando consumo “in
natura”, essa prática altera a relação fonte-dreno propiciando
aumento no tamanho e massa média dos frutos
(ALVARENGA, 2013), e mesmo assim observou-se que
apesar da elevada quantidade de frutos por planta, a massa
unitária dos frutos não foi prejudicada (Tabela 1). Como os
frutos são drenos metabólicos fortes, os fotoassimilados são
translocados preferencialmente a estes órgãos (CHARLO et
al., 2009; WAMSER et al., 2009; HESAMI et al., 2012).
Os tomates são classificados pelo tamanho que, por sua
vez, é medido através da circunferência ou diâmetro
transversal (FONTES et al., 2000), largura (AMARAL
JÚNIOR et al., 1997), massa e volume (FERREIRA et al.,
2000). Os híbridos de hábito determinado avaliados, são do
tipo Italiano, que possuem o formato alongado, com 70 a 100
mm de comprimento e diâmetro transversal reduzido, de 30
a 50 mm (FILGUEIRA, 2008).
Trento et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 359-366, 2021.
363
O pericarpo compreende a casca (epicarpo), e as paredes
internas do fruto, denominadas mesocarpo e endocarpo
(CEAGESP, 2006). A espessura do pericarpo do tomate é
um indicativo de produtividade, visto que frutos com parede
mais grossa o mais pesados, e também é um indicativo de
qualidade e pós-colheita, pois essa característica está
associada a maior firmeza e ficam menos propensos ao
murchamento (SHIRAHIGE, 2009).
Os resultados obtidos foram superiores aos encontrados
por Schwarz et al. (2013), os quais trabalhando com dez
cultivares de tomate de hábito determinado, em dois anos de
cultivo no município de Pinhão no Paraná, obtiveram médias
de espessura de pericarpo entre 5,0 mm e 8,3 mm. Essa
característica está relacionada com as características genéticas
próprias de cada híbrido, ou com a interação com o ambiente
no qual está inserido, visto que o autor também trabalhou
com as cultivares Supera F1 e Fascínio, com espessura de
parede entre 5,2 e 5,5 mm para Supera e 5,4 e 7,1mm para
Fascínio, considerando primeiro e segundo ano, sendo que
os resultados desses materiais foram bastante inferiores ao
presente trabalho.
Assim, ficam evidentes características de dupla aptidão
das cultivares testadas, pois, por possuírem parede mais
espessa, contribuem também para rendimento de polpa na
indústria, além de serem mais resistentes à colheita
mecanizada e ao transporte (MELO; VILELA, 2005). A
obtenção de tomates com maior potencial de conservação
aumenta a tolerância ao manuseio dos frutos, aumenta a vida
de prateleira e permite a produção em locais distantes dos
centros de consumo (KRAMMES et al., 2003). O tomate é
um fruto altamente perecível, e suas perdas na pós-colheita
podem chegar a 21%, devido ao seu alto teor de água
(RINALDI et al., 2011), a qual fica entre 90 e 95 %, fator esse
que torna o fruto bastante sensível (ROCHA et al., 2009).
A maioria dos produtos hortícolas sofrem danos físicos
momentos após a colheita, visto que nesse momento
ocorrem aumento da respiração, produção de etileno e outras
reações bioquímicas responsáveis por mudanças na
coloração, textura e qualidade nutricional (MENDES et al.,
2011). Por isso a fase de maturação do tomate no momento
da colheita, bem como o controle de pré e pós-colheita, são
fatores imprescindíveis para garantir a qualidade do fruto
(BECKLES, 2012).
No momento da colheita uma brusca interrupção do
suprimento de água da planta para o fruto, e ocorre um
aumento na atividade de respiração e transpiração,
principalmente no período inicial de armazenamento, sendo
que essa é uma das principais causas de perdas no pós-
colheita (CHITARRA; CHITARRA, 2005).
Após a colheita o tomate passa por processos fisiológicos
como o processo de transpiração e maturação, causando
desidratação e consequente perda de massa (NETO et al.,
2016). Todas as cultivares avaliadas e em ambos os ambientes
não apresentaram qualquer sinal de desidratação até os 21
dias após a colheita, sinais esses que foram aparentes na
última semana do experimento em todas as cultivares
avaliadas. Considerando esse período de 21 dias de
armazenamento que os frutos apresentaram qualidade
melhor, não houve diferença estatística entre os ambientes
(Tabela 3). O tomate é envolto por uma pele quase
impermeável a gases, então suas trocas gasosas podem ser
essencialmente restritas a cicatriz peduncular, deixada pela
abscisão da corola, ao tempo de formação do fruto
(PEDRAS; RODRIGUES, 1983).
A umidade relativa ideal para conservação da maioria das
frutas e verduras é entre 90 e 95% para evitar perdas
(KADER, 1992). No presente trabalho as condições de
umidade do ar foram distantes das ideais para o
armazenamento de frutos, com média de 10% na geladeira e
70% no ambiente sem refrigeração. Ao avaliar a perda de
massa de tomates ‘Santa Clara’ e seu mutante firme,
armazenados a 27ºC e umidade relativa de 60% (condições
bastante adversas, e próximas do presente trabalho) por um
período de 15 dias, Moura et al. (1999) obtiveram perda de
massa de 7% para a Santa Clara e 4 % para seu mutante firme.
No presente trabalho, a cultivar Fascínio obteve alta
durabilidade pós-colheita, 28 dias de armazenamento,
apresentando perda de massa menor que as demais cultivares
aos 14 dias de armazenamento (Tabela3). Ao comparar os
tipos de armazenamento apesar dos frutos armazenados na
geladeira apresentarem média de 14 dias de durabilidade pós-
colheita esse ambiente proporcionou menor perda de massa
dos frutos (7,80%) ao comparar com os frutos armazenados
em temperatura ambiente (8,77%) (Tabela 3). Paula et al.
(2011), trabalhando com três estádios de maturação em
tomate concluíram que frutos colhidos verdes apresentam
maior vida pós-colheita e maior resistência ao transporte.
Para evitar a perda de água de frutas e hortaliças no pós-
colheita é necessário um ambiente de armazenamento com
temperatura, umidade relativa e circulação de ar adequados
(CHITARRA; CHITARRA, 2005). O tomate é um fruto
climatérico, apresentando pico de atividade respiratória no
processo de maturação pós-colheita (WILLS et al., 1982).
Então a partir desse pico que começa o processo de
deterioração, e o fruto começa a mudar sua coloração e a
perder a firmeza da polpa, além de ocorrerem diversas
mudanças bioquímicas, alterando o sabor, o odor e as
qualidades organolépticas (MEDINA; MEDINA, 1981). No
período pós-colheita as transformações são mais rápidas à
medida que aumenta a temperatura de exposição dos frutos
(DOMIS et al., 2001).
As condições ideais de armazenamento refrigerado
dependem do tipo de produto e devem favorecer a
manutenção do sabor, aroma, firmeza e cor da polpa
(CHITARRA; CHITARRA, 2005). A temperatura é um fator
determinante para manter a qualidade e a longevidade do
fruto na pós-colheita, pois o armazenamento de tomates no
ponto verde maduro em temperaturas abaixo de 7°C podem
causar injúrias no fruto, como coloração desuniforme,
manchas na superfície e descoloração interna causada por
colapso das lulas (WILLS et al., 1998). A temperatura ótima
de armazenamento depende do estádio de amadurecimento.
Tomates no estádio parcialmente maduros devem ser
armazenados sob temperatura entre 10 e 12°C
(BRACKMANN et al., 2007).
O teor de sólidos solúveis totais é responsável pelo sabor
agradável dos frutos, e pode ser influenciado por diversos
fatores, como estágio de maturação da colheita, temperatura
e disponibilidade de água, adubação, característica genética da
cultivar e os processos de respiração e transpiração do fruto
(GIORDANO et al., 2000). Além de auxiliar na
palatabilidade do fruto, os níveis de sólidos solúveis indicam
o grau de maturidade ou amadurecimento do mesmo
(VIEIRA et al., 2014).
Os resultados dos sólidos solúveis totais dos frutos que
completaram a maturação na planta são superiores aos
encontrados por Caliman et al. (2003) em tomate cultivado
em ambiente protegido, que obtiveram média geral de SST
Desempenho de cultivares de tomate italiano de crescimento determinado em cultivo protegido sob altas temperaturas
Nativa, Sinop, v. 9, n. 4, p. 359-366, 2021.
364
de 3,62° brix avaliando as cultivares BGH-320, Carmen e
Santa Clara, no entanto, em campo aberto os autores
obtiveram média geral de SST bastante superior, de 5,85°brix
nas cultivares avaliadas. Bertin et al. (2000), sugerem que os
frutos produzidos em ambiente protegido apresentam menor
teor de sólidos solúveis totais se comparados ao campo
aberto, devido a menor atividade fotossintética, resultado da
menor luminosidade ou maior acúmulo de água nos frutos,
favorecido pela maior umidade relativa do ar encontrado em
ambientes protegidos com equipamento para umidificação.
Após a colheita aumentou os sólidos solúveis totais,
resultado de atividades biológicas como a conversão de
ácidos orgânicos e hidrólise de amido.
Durante o armazenamento e amadurecimento ocorre
variação dos sólidos solúveis totais de tomates, e devido à
perda de massa dos frutos devido ao processo de
transpiração, um favorecimento no teor de sólidos
solúveis totais, isto porque concentração nos teores de
açúcares no interior dos tecidos (KLUGE; MINAMI, 1997).
Comparando os teores de sólidos solúveis totais entre os
frutos maduros na planta e os frutos que amadureceram fora
da planta, esses últimos apresentaram valores maiores,
contrapondo a afirmação de Moura et al. (1999), os quais
afirmam que frutos colhidos verdes, e amadurecidos fora da
planta apresentam sólidos solúveis totais inferiores aos frutos
maduros na planta.
5. CONCLUSÕES
A cultivar Fascínio apresentou maiores médias de
produtividade por hectare, maior massa de fruto e maior
calibre, e menor percentual de perda de massa no pós
colheita, sendo a melhor indicada para o cultivo em regiões
tropicais.
O ambiente refrigerado foi o mais eficiente para diminuir
a perda de massa no pós-colheita.
As cultivares Santa Adélia, Fascínio e Hy Color
destacaram-se com maiores teores de sólidos solúveis totais
entre os frutos colhidos no ponto vermelho maduro, e a
cultivar Santa Adélia se destacou entre os frutos colhidos no
ponto verde maduro.
6. AGRADECIMENTOS
À CAPES pela bolsa concedida a primeira autora e
à FAPEMAT pelo financiamento do projeto.
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