Santana et al.
Nativa, Sinop, v. 9, n. 2, p. 167-172, mar./abr. 2021.
171
21,71 t ha-1 esse resultado corrobora com o encontrado por
Donato (2014), onde a aplicação de 71,8 t ha-1 ano-1 de
esterco bovino atingiu uma produção máxima de matéria seca
de 21,8 t ha-1.
Quando analisamos as espécies independente das doses
de adubação, podemos aferir que houve diferenças
significativas para a PMV e PMS. A palma forrageira
‘Gigante’ tem maior potencial produtivo quando comparada
à ‘Sem espinho’ produzindo a mais 53,46 t ha-1 de matéria
verde e 5,24 t ha-1 de matéria seca. Esse resultado é divergente
do encontrado por Silva et al. (2014) que concluiu que a
palma ‘Sem espinho’ apresenta maior potencial produtivo
quando comparada a ‘Gigante’ em diferentes densidades de
plantio. É importante ressaltar que os trabalhos foram
desenvolvidos em ambientes diferentes e uma possível
explicação para a inversão da produtividade das espécies é a
interação genótipo x ambiente já que a produtividade é uma
característica controlada por muitos genes e
consequentemente muito afetada pelo ambiente.
5. CONCLUSÕES
A maior produção de matéria seca (23,20 t ha-1) ocorreu
na dose de 75 t ha-1 de esterco bovino, mas essa mesma dose
provoca redução nas características: comprimento do
cladódio, largura do cladódio e área do cladódio.
A palma ‘Gigante’ apresenta uma maior produção de
matéria seca (15,83 t ha-1) quando comparada a ‘Sem espinho’
(10,59 t ha-1).
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