A Interseccionalidade como prática: processos de construção e atuação do coletivo de negra e negros Macanudos

Autores

  • Tainá Valente Amaro tainaamaro88@gmail.com
    Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UERJ
  • Cassiane Freitas Paixão cassianepaixao@outlook.com
    Universidade Federal do Rio Grande.
  • Ricardo Gonçalves Severo rg.severo@hotmail.com
    Universidade Federal do Rio Grande - FURG http://orcid.org/0000-0001-8413-7159

Palavras-chave:

Movimento negro. Luta antirracista. Interseccionalidades

Resumo

O artigo analisa a formação e criação do coletivo de estudantes negras e negros Macanudos e sua atuação a partir da intersecção dos elementos de raça, classe e gênero. As técnicas utilizadas foram a pesquisa participante e o de Grupo de discussão. A análise dos dados permitiu observar as formas de ingresso e atuação na organização. Foi possível verificar também, que a constituição ativista se fortaleceu a partir dos laços de solidariedade no grupo, rede social militante, e em históricos pessoais. O conceito de interseccionalidade apresenta-se como uma teoria e prática para esse coletivo composto majoritariamente por mulheres negras.

Biografia do Autor

Tainá Valente Amaro, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UERJ

Bacharel em Psicologia pela FURG, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UER.

Cassiane Freitas Paixão, Universidade Federal do Rio Grande.

Doutora em Educação pela Unisinos. Professora associada da área de Sociologia da FURG.

Ricardo Gonçalves Severo, Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Doutor em Ciências Sociais (PUCRS). Professor do PPG em Educação - FURG.

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Publicado

2020-04-28

Como Citar

Amaro, T. V., Paixão, C. F., & Severo, R. G. (2020). A Interseccionalidade como prática: processos de construção e atuação do coletivo de negra e negros Macanudos. Revista Diálogos, 8(1), 218–236. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/9618