Consórcio de espécies arbóreas com leguminosas herbáceas como estratégia para restauração florestal

Authors

  • Flávio Augusto Monteiro dos Santos monteiro.flaviosantos@gmail.com
  • Paulo Sérgio dos Santos Leles pleles@ufrrj.br
  • João Elves da Silva Santana joao.elvis.santana@gmail.com
  • Juçara Garcia Ribeiro jucara.garcia.ribeiro@gmail.com
  • Alexander Silva de Resende alexander.resende@embrapa.br

DOI:

10.34062/afs.v6i2.6900

Keywords:

Controle de plantas daninhas, adubação verde, recuperação da Mata Atlântica.

Abstract

Objetivou-se avaliar o consórcio de espécies arbóreas com leguminosas herbáceas como estratégia de controle de gramíneas em área de restauração florestal. Utilizou-se duas estratégias: tratamento mecânico, que consistiu de capinas em faixas de 1,2 m de largura nas linhas de plantio e roçadas nas entrelinhas de plantio, sempre que a vegetação infestante atingiu 35 cm de parte aérea, e o tratamento cultural, em que foi realizada uma capina em área total e em seguida a semeadura de leguminosas herbáceas nas entrelinhas das espécies arbóreas. Avaliou-se o crescimento em altura aos 6, 12, 18, 24 e 30 meses após o plantio, o diâmetro ao nível do solo e cobertura do solo pelas copas aos 30 meses de 10 espécies arbóreas. Também se quantificou a massa de matéria seca de gramíneas aos 25 meses após plantio das plantas arbóreas. Em todas as épocas de avaliação, em média, as dez espécies arbóreas obtiveram crescimento em altura significativamente superior no tratamento em que houve o consórcio com leguminosas (Cultural), mesmo comportamento observado para diâmetro ao nível do solo e cobertura de copa aos 30 meses. Na unidade do tratamento mecânico a infestação de gramíneas, aos 25 meses após o plantio, foi cerca de 3,5 vezes maior ao observado no tratamento Cultural. Conclui-se que o consórcio com leguminosas herbáceas facilitou o crescimento das espécies arbóreas no período avaliado, por promover sombreamento do solo, dificultando o crescimento das plantas espontâneas.

Published

2019-07-26