O poder colonial em ação: contribuições de Max Gluckman e Georges Balandier para o estudo do colonialismo

Autores

  • Gabriel Calil Maia Tardelli gabrielcmtardelli@gmail.com
    Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB)

DOI:

10.48074/aceno.v6i12.8558

Resumo

Neste ensaio, analiso as contribuições de Max Gluckman e Georges Balandier para o estudo do colonialismo, a exemplo dos conceitos de situação social e situação colonial, bem como das noções de conflito e mudança social. Na parte final, relaciono as situações etnográficas e as teorias elaboradas por eles com a noção foucaultiana de poder e com o conceito de poder tutelar, de modo a esboçar uma compreensão inicial a respeito de como o colonialismo é atualizado contemporaneamente.

Biografia do Autor

Gabriel Calil Maia Tardelli, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB)

Doutorando em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (UnB); pesquisador no Núcleo de Pesquisa sobre Práticas e Instituições Jurídicas (NUPIJ-UFF), vinculado ao Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-InEAC), e do Laboratório de Etnografia das Instituições e das Práticas de Poder (LEIPP) do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (DAN-UnB).

Referências

ASAD, Talal. Introdução à Anthropology and the colonial encounter. Ilha, v. 19, n. 2, p. 313-327, dezembro de 2017.

BALANDIER, Georges. Antropologia política. São Paulo: Difusão Européia do Livro; Editora da Universidade de São Paulo: 1969.

_________________. A situação colonial: abordagem teórica. Cadernos CERU, 25(1), pp. 33-58, 2014.

BOURDIEU, Pierre. A representação política. Elementos para uma teoria do campo político. In. O poder simbólico. Lisboa: Edições 70, 2015.

COLSON, Elizabeth. Antropología política. In. LLOBERA, José R. (Org.). Antropología política. Barcelona: Editorial Anagrama, 1979.

COPANS, Jean. La situation coloniale de Georges Balandier – notion conjuncturelle ou modèle sociologique et historique? Cahiers internationaux de sociologie, n. 110, pp. 31-52, 2001.

CRAPANZANO, Vincent. Waiting: the whites of South Africa. New York: Random House, 1986

ERIKSEN, Thomas Hylland e NIELSEN, Finn Sivert. História da antropologia. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

_______________. Em defesa da sociedade. 2. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2018.

GENTILI, Anna Maria. Antropologia política. In. BOBBIO, Norberto et al. (Org.). Dicionário de política, v. 1. 5. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000.

GLUCKMAN, Max. Malinowski's 'functional' analysis of social change. Africa: Jornal of the International African Institute, v. 17, n. 2, pp. 103-121, apr. 1947.

________________. Obrigação e dívida. In. DAVIS, Shelton H. (Org.). Antropologia do direito: estudo comparativo de categorias de dívida e contrato. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

________________. O material etnográfico na antropologia social inglesa. In. GUIMARÃES, Alba Zaluar (Org.). Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1975.

________________. Análise de uma situação social na Zululândia moderna. In. FELDMAN-BIANCO, Bela (Org.). Antropologia das sociedades contemporâneas: métodos. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2010.

_________________. Rituais de rebelião no sudeste da África. Série Tradução, v. 1, Brasília: DAN/UnB, 2011.

KANT DE LIMA, Roberto. Por uma antropologia do direito, no Brasil. In. Ensaios de antropologia e de direito. Rio de Janeiro: Lúmen Júris Editora, 2008.

KUPER, Adam. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: F. Alves, 1978.

LEACH, Edmund Ronald. Sistemas políticos da alta Birmânia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.

NADER, Laura. Up the anthropologist: perspectives gained from 'studying up'. In: HYMES, D. Reinventing anthropology. New York: Random House, 1972.

PACHECO DE OLIVEIRA, João. Antropologia política. In. SILVA, Benedicto (Coord.). Dicionário de ciências sociais. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1986.

SIMMEL, Georg. A natureza sociológica do conflito. In. MORAES FILHO, Evaristo de (Org.). Simmel: sociologia. São Paulo: Ática, 1983.

SOUZA LIMA, Antonio Carlos. Um grande cerco de paz: poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

TURNER, Victor W. Dramas, campos e metáforas: ação simbólica na sociedade humana. Niterói: EDUFF, 2008.

Downloads

Publicado

2020-06-04

Edição

Seção

Artigos Livres