[R]existindo aos poderes? Um breve ensaio sobre antropologia ontológica

Autores

  • Antonio Augusto Oliveira Gonçalves antonioaugusto.sociais@hotmail.com
    Professor substituto no INHCS (Unidade Acadêmica Especial de História e Ciências Sociais), Universidade Federal de Goiás (UFG) - Regional Catalão.

DOI:

10.48074/aceno.v5i9.6239

Resumo

Neste texto, recupero algumas ideias decorrentes do giro ontológico na antropologia, mormente, dialogo com autores como David Graeber, Eduardo Viveiros de Castro e Mauro Almeida. Ao longo do ensaio, além de tecer algumas continuidades e rupturas entre eles, procuro lançar luzes sobre uma questão: a aposta ontológica nas multiplicidades necessariamente despolitiza?

Biografia do Autor

Antonio Augusto Oliveira Gonçalves, Professor substituto no INHCS (Unidade Acadêmica Especial de História e Ciências Sociais), Universidade Federal de Goiás (UFG) - Regional Catalão.

Doutorando em Antropologia Social pela Universidade Federal de Goiás (PPGAS/UFG). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Graduado em Ciências Sociais (bacharel e licenciado) pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Referências

ALMEIDA, M. W. B. de. Caipora e outros conflitos ontológicos. Revista de Antropologia da UFSCar, v. 5, n. 1, p.7-28, 2013.

BESSIRE, L.; BOND, D. Ontological anthropology and the deferral of critique. American Ethnologist, v. 41, n. 3, p. 440–456, 2014.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 38. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

ESCOBAR, A. Territorios de diferencia: la ontología política de los “derechos al territorio”. Cuadernos de Antropología Social, n. 41, p. 25-38, 2015.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1978.

GRAEBER, D. Fragmentos de uma antropología anarquista. Barcelona: Virus Editorial, 2011.

HOLBRAAD, M. Tres provocaciones ontológicas. Ankulegi, 18, p. 127-139, 2014.

INGOLD, T. Culture, perception and cognition. In: INGOLD, T. The perception of the environment: essays in livelihood, dwelling and skill. London: Routledge, 2000, p. 157-171.

INGOLD, T. Líneas: una breve historia. Barcelona: Editorial Gedisa, 2015.[

LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador/Bauru: Udufba/Edusc, 2012.

PRADO, M. Estamira. Rio de Janeiro: RioFilme∕Zazen, 2004. Documentário.

RIFIOTIS, T. Etnografia no Ciberespaço como “Repovoamento” e Explicação. In: SEGATA, J.; RIOFIOTIS, T. Políticas etnográficas no campo da Cibercultura. Brasília: ABA Publicações; Joinville: Ed. Letradágua, 2016, p. 129-152.

ROBERTI-JÚNIOR, J. P.; CARIAGA, D. E.; SEGATA, J. Antropologia como (In)Disciplina: notas sobre uma relação imprecisa entre campo e escrita.Ilha Revista de Antropologia, v. 17, n. 2, p. 101-122, 2015.

STRATHERN, M. No limite de uma certa linguagem. Mana, v. 5, n. 2, p. 157-175, 1999.

STRATHERN, M. Introdução. In: STRATHERN, M. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas: Editora da Unicamp, 2006, p. 27-77.

STRATHERN, M. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2014.

TOLA, F. El “giro ontológico” y la relación naturaleza/cultura. Reflexiones desde el Gran Chaco. Apuntes de Investigación del CECYP, v. 27, p. 128-139, 2016.

VIDAL, L. O espaço habitado entre os Kaiapo-Xikrin (Jê) e os Parakanã (Tupi) do Médio Tocantins, Pará. In: NOVAES, S. C. (Orgs.) Habitações Indígenas. São Paulo: Edusp, 1983, p. 77-102.

VIVEIROS DE CASTRO, E. A floresta de cristal: notas sobre a ontologia dos espíritos amazônicos. Cadernos de Campo, n. 14/15, p. 319-338, 2006.

VIVEIROS DE CASTRO, E.; GOLDMAN, M. O que pretendemos é desenvolver conexões transversais. In: SZTUTMAN, Renato. (Org.). Eduardo Viveiros de Castro. Encontros. Rio de Janeiro: Azougue, 2008a, p. 200-225.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Uma boa política é aquela que multiplica os possíveis. In: SZTUTMAN, Renato. (Org.). Eduardo Viveiros de Castro. Encontros. Rio de Janeiro: Azougue, 2008b, p. 226-259.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Uma antissociologia das multiplicidades. In: VIVEIROS DE CASTRO, E. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015. p. 113-132.

WAGNER, R. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

Downloads

Publicado

2018-12-22

Edição

Seção

Artigos Livres