Gestão de memórias e narrativas identitárias: conflitos e alianças em contextos interétnicos

Autores

  • Marta Antunes martaoantunes@gmail.com
    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
  • Katiane Silva katiane.mars@gmail.com
    Universidade Federal do Pará - UFPA

DOI:

10.48074/aceno.v4i8.5885

Resumo

Neste texto, as autoras propõem-se a colocar em diálogo dois processos de territorialização (Oliveira, 2002; 2004) que se entrelaçam com a busca de efetivação de direitos focalizados para “novas” e “velhas” etnias, que ocorreram e ocorrem em dois contextos etnográficos distantes geograficamente, ambos atravessados por situações históricas (Oliveira, 1986;1999), que moldam e criam condições de possibilidades para que autoidentificações étnicas discordantes entre membros das mesmas “famílias” sejam acionadas. Nesses contextos a “gestão territorial” está em processo, em Auati-Paraná esta assume a forma de uma “tutela ambientalista” (Silva, 2015), administrada pelo “Estado”; e, no caso de Conceição das Crioulas, está em construção uma proposta de uma “gestão territorial comunitária” (Antunes, 2016), administrada pela associação local. Os conflitos perpassam essas gestões territoriais e informam a gestão de memórias e de narrativas identitárias, que permitem desenhar fronteiras étnicas entre parentes que sistematizam de forma diferenciada fluxos culturais que os atravessam.

Biografia do Autor

Katiane Silva, Universidade Federal do Pará - UFPA

Docente na Faculdade de Ciências Sociais e no Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará.

Downloads

Publicado

2018-04-14

Edição

Seção

Dossiê Temático: Conflitos territoriais e socioambientais nas Amazônias