Diásporas, homogeneidades e pertenças entre os Tembé Tenetehara de Santa Maria

Autores

  • Jane Felipe Beltrão janebeltrao@gmail.com
    Universidade Federal do Pará
  • Rhuan Carlos dos Santos Lopes rhuan.c.lopes@gmail.com
    Universidade Federal do Pará

DOI:

10.48074/aceno.v1i1.1610

Resumo

Considerando as transformações impostas às práticas de produção cultural e organização política da pertença Tenetehara, interroga-se como o povo Tembé dito de Santa Maria, enfrentaram e enfrentam a diáspora promovida, no século XIX, pelo Estado aliado à Igreja Católica, para afirma-se, hoje, como povo indígena. Analisam-se ações para recriar o “coletivo”. Para tanto, as marcas “tomadas como étnicas” são sublinhadas nos documentos e observadas no quotidiano, pela diferença que produzem em relação aos “vizinhos” não-indígenas que cercam os pequenos “territórios” que os Tembé conseguiram preservar.

Biografia do Autor

Jane Felipe Beltrão, Universidade Federal do Pará

Docente nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e de Pós-Graduação em Direito, da Universidade Federal do Pará. Atua em Antropologia e História.

Rhuan Carlos dos Santos Lopes, Universidade Federal do Pará

Discente de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia, da Universidade Federal do Pará. Atua em Antropologia e Arqueologia.

Referências

Fontes documentais

Manuscritas

Registro dos Attestados de Obitos ocorridos na Lazaropolis do Prata.

Depoimentos e Narrativas Tembé, registradas entre 2009 e 2013.

Entrevistas realizadas com os Tembé, entre 2009 e 2013.

Fichas/Prontuários da Colônia Santo Antônio do Prata.

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Publicado

2022-03-03

Edição

Seção

Artigos Livres